Espero que você não se vá
Se eu não tiver nada mais para te contar
Não sei dizer, quem dirá?
Talvez numa segunda fria
Ou num domingo de sol pela manhã
É triste sim, eu sei
Duas pessoas em silêncio
Sempre dão tanto o que falar
Então me espere na terça
Ou depois de amanhã
Quem sabe?
Na quinta ou sexta, no mais tardar
Eu direi
Não se vá
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre;(…)" (Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego")
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