27 de jan. de 2008

Onde andarás?

Onde andarás nesta tarde vazia
Tão clara e sem fim?
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces de mim
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces...
Eu sei, meu endereço apagaste do teu coração
A cigarra do apartamento
O chão de cimento existem em vão
Não serve pra nada a escada, o elevador
Já não serve pra nada a janela
A cortina amarela, perdi meu amor
E é por isso que eu saio pra rua
Sem saber pra quê
Na esperança talvez de que o acaso
Por mero descaso me leve a você
Na esperança talvez de que o acaso
Por mero descaso
Me leve... eu sei

(Caetano Veloso/Ferreira Goulart)

O fascínio do fogo

e o medo do amor

(a.l.k)

Fiel

(a.l.k)

Livre e inquieto

(a.l.k)

Movimento dos barcos

Estou cansado e você também
Vou sair sem abrir a porta
E não voltar nunca mais
Desculpe a paz que eu lhe roubei
E o futuro esperado que eu não dei
É impossível levar um barco sem temporais
E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo

Não quero ficar dando adeus
As coisas passando, eu quero
É passar com elas, eu quero
E não deixar nada mais
Do que as cinzas de um cigarro
E a marca de um abraço no seu corpo

Não, não sou eu quem vai ficar no porto
Chorando, não
Lamentando o eterno movimento
Movimento dos barcos, movimento

(Jards Macalé e Capinan)

Mares da Espanha

Nem que eu caminhasse às três da manhã
Nem que eu me enganasse prá ver o que é bom
Nem que eu caminhasse até o Leblon
Não iria encontrar

Você navegando os mares da Espanha
Tecendo prá outra seu corpo com manha
Você navegando o vazio da Espanha
E eu no Leblon

Loucura é loucura não me compreenda
Loucura é loucura pior é a emenda
Loucura é loucura não me repreenda
Eu amei demais

Você quando acorda tem gente do lado
Mas eu quando durmo é um sono abafado
De uísque e vergonha
Por nunca encontrar você...
Ainda insiste na experiência
Pensando que o amor é como a ciência
Amantes diversas não vão trazer nada a mais

Loucura é loucura não me compreenda
Loucura é loucura pior é a emenda
Loucura é loucura não me repreenda
Eu amei demais

Nem que eu caminhasse de volta prá casa
Deixando as mentiras e os sonhos prá trás
Tentando viver o real de um amor
Que se deu demais

Nem que eu caminhasse às seis da manhã
Nem que eu me cegasse prá ver o que é bom
Nem que eu rastejasse até o Leblon
Não iria encontrar....

Loucura é loucura não me compreenda
Loucura é loucura pior é a emenda
Loucura é loucura não me repreenda
Eu amei demais


(Angela Rô Rô)

O caderno rosa de Lori Lamby

Papi não está mais triste não, ele está é diferente, acho que é porque ele está escrevendo a tal bananeira, quero dizer a bandalheira que o Lalau quer. Eu tenho que continuar a minha história e vou pedir depois pro tio Lalau se ele não quer pôr o meu caderno na máquina dele, pra ficar livro mesmo. Eu contei pro papi que gosto muito de ser lambida, mas parece que ele nem me escutou, e se eu pudesse eu ficava muito tempo na minha caminha com as pernas abertas mas parece que não pode porque faz mal, e porque tem isso da hora. É só uma hora, quando é mais, a gente ganha mais dinheiro, mas não é todo mundo que tem tanto dinheiro assim pra lamber. O moço falou que quando ele voltar vai trazer umas meias furadinhas pretas pra eu botar. Eu pedi pra ele trazer meias cor-de-rosa porque eu gosto muito de cor-de-rosa e se ele trazer eu disse que vou lamber o piupiu dele bastante tempo, mesmo sem chocolate. Ele disse que eu era uma putinha muito linda. Ele quis também que eu voltasse pra cama outra vez, mas já tinha passado uma hora e tem uma campainha quando a gente fica mais de uma hora no quarto. Aí ele só pediu pra dar um beijo no meu buraquinho lá atrás, eu deixei, ele pôs a língua no meu buraquinho e eu não queria que ele tirasse a língua, mas a campainha tocou de novo. E depois quando ele saiu, eu ouvi uma briga, mas ele disse que ia pagar de um jeito bom, ele usou uma palavra que eu depois perguntei pra mamãe e mami disse que essa palavra que eu perguntei é regiamente. Então regiamente, ele disse. Eu ouvi mami dizer que esse verão bem que a gente podia ir pra praia, mas eu fico triste porque não vamos ter as pessoas pra eu chupar como sorvete e me lamber como gato se lambe. Por que será que ninguém descobriu pra todo mundo ser lambido e todo mundo ia ficar com dinheiro pra comprar tudo o que eu vejo, e todos também iam comprar tudo, porque todo mundo só pensa em comprar tudo. Os meus amiguinhos lá da escola falam sempre dos papi e das mami deles que foram fazer compras, e eu então acho que eles são lambidos todo dia. É mais gostoso ser lambido que lamber, aquele dia que eu lambi o piupiu de chocolate do homem foi gostoso mas acho que é porque tinha chocolate. Sem chocolate eu ainda não lambi ele.

(Hilst, Hilda; O caderno rosa de Lori Lamby. SP: Massao Ohno, 1992.) NOVA EDIÇÃO: GLOBO, 2005

26 de jan. de 2008

Farol

Pelas horas e pelo tempo que existe num sentimento ou numa palavra vem o sentido difuso do olhar para dentro. O farol de dentro só virá será por segundos e de novo escuridão e de novo silêncio, farol com guizos, engrenagens rangentes. Dolorosas. A alternância que ele faz nos círculos é fracionado sentimento: temor e euforia, sufoco, brisa mansa. Sempre todos à espreita dele grande ao centro, o farol. E o mar lá, espelho ondulado e negror sonoro. Eu disse palavras inaudíveis e meu olho não viu. Minha boca cega e meu olho na busca dos signos. Entre as frases que aqui estão há muito mais: há tudo aquilo do lado outro da luz do farol: há a imensidão profunda do negro mar cantante.

(a.l.k.)

24 de jan. de 2008

Ciclo ou o eclipse doloroso

Sempre pelo mesmo ponto. E a cada vez tonto. Errado. Precitado. Qual a fuga que há? Recorrentes vezes há aquilo que se configura, se instaura, é um mal jeito de saber ser. De saber agir. De não saber. De nada. O sentimento este, assim potencializado alaga tudo. Sufoca. Flutuante e belo. Impulsos. Idiotia. Não sei bem... o que? Algum deles. Todos. Ou outro pior. Ou só descontentamento e erro e descontentamento, e o nunca-mais-há-de-ser e aquilo que flameja verde, mas logo se evapora. Sentir-se assim toscamente frágil e tosco. Marionete. Sem sangue. Pálido. Sem fogo. Mas ardências. Sombrio. Sempre uma nota abaixo e um tom menor. Mas o olhar do fundo lançado adiante ao alto acompanha a última partícula verde da nuvem já quase rarefeita. Ele basta a ele. O ponto a sumir basta. No entretanto, embora o coração volte a encharcar o corpo de viscoso vermelho, e do alento quente venha a força pra caminhar, resta a certeza de que o ponto voltará. Implodir o círculo. Mostrar o sol. Eis o trabalho!

(a.l.k.)

21 de jan. de 2008

Beatriz

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz

Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

(Edu Lobo/Chico Buarque)



Mônica Salmaso e Grupo Pau Brasil

19 de jan. de 2008

Don't Explain

Hush now, don't explain
Just say you'll remain
I'm glad your back, don't explain

Quiet, don't explain
What is there to gain
Skip that lipstick
Don't explain

You know that I love you
And that love endures
All my thoughts are of you
For I'm so completely yours

Cry to hear folks chatter
And I know you cheat
Right or wrong, don't matter
When you're with me, sweet

Hush now, don't explain
You're my joy and pain
My life's yours love
Don't explain

(Billie Holiday / Arthur Herzog Jr)

Meu nome não é Johnny

Coisas que perdemos pelo caminho

Eu os declaro marido e Larry

18 de jan. de 2008

Billie Holiday , “bulímica sexual”

Uma vida na corda bamba





As primeiras linhas de qualquer biografia sobre Billie Holiday nos idiomas conhecidos - e, suponho, também nos que desconheço – enfatizam que ela nasceu da relação de duas crianças (a mãe com 13 e o pai com 15).

Talvez, tenha buscado seu limite paterno na droga, o materno na bebida e a realização no carinho do público.

A bissexualidade está citada em listas glbtt e em livros como "Wishing on the moon", de Donald Clark e "The many faces of Billie Holiday",de Robert G.O’Meally, ambos da Da Capo Press.

Branca demais para ser vista como negra e negra demais para ser considerada branca, Billie viveu na corda bamba a vida inteira.

As escolhas amorosas foram equivocadas. Relações abusivas a levaram ao consumo de drogas, prisões, internações e o fim melancólico aos 44 anos, abandonada em um hospital de Nova York.

Enquanto toda a tragédia de vida acontecia, seus discos eram vendidos aos milhões.

Lady Day
A futura "Lady Day", nasceu Eleanora Fagan em Baltimore (Maryland), no dia 15 de abril de 1915, filha de Sadie Fagan e Clarence Holiday. O pai, de classe média, foi guitarrista da orquestra de Fletcher Henderson nos anos 30 e sempre esteve ausente. Compartilhando com a mãe a injustiça social vivida num gueto negro do Harlem e violada aos 11 anos, foi faxineira de ricos e prostituta durante algum tempo.

Acusada de descaso, Sadie Fagan foi presa e a filha enviada para um reformatório, em 1929. Durante cerca de 3 meses, Billie esteve na casa correcional em Blackwell East River, hoje Welfare Island. Seu porte altivo valeu, entre as detentas, o apelido de Lady e o Day veio do sobrenome do pai. No reformatório, cantava para as companheiras.

Terminada a pena, a técnica intuitiva, o gosto inato para escolher repertório e a capacidade vocal começaram a chamar atenção e foram aperfeiçoados nos bares de segunda classe de Nova York e nos night clubs do Harlem.

A carreira começou para valer nas sessões matinais do Apollo Theatre, que também serviram como "vitrine" para muitos outros artistas. Aos 20 anos, acompanhada ao piano por Bobbie Henderson, sua primeira semana de contrato foi renovada, desta vez com a orquestra de Ralph Cooper.

Lugar errado para as pessoas certas
Historiadores do jazz estabelecem uma mixagem entre o ritmo elegante da execução musical do pai com a criatividade necessária para sobreviver na pobreza extrema da mãe - o que resultou num swing descontraído, inédito para a época, já que Billie não teve nenhuma formação musical e a escolaridade era pouca.

A seqüência do caminho profissional foi entrar em estúdio e gravar uma sessão dirigida por Teddy Wilson, músico e pianista sensível. Esta gravação histórica contém "I Wished On The Moon" e "You Miss Brown To You". Na autobiografia "Lady sings the blues", traduzida e editada pela Zahar em 2003 – e agora relançada - Billie conta que tentou, sem sucesso, recuperar esta fita, durante a vida inteira.

Benny Goodman, Roy Eldridge, Ben Webster e outros grandes nomes do jazz aparecem nas gravações seguintes, energizados pela magia inovadora de canto da bela Eleanora, agora, definitivamente, Billie Holiday.

Foi vocalista da orquestra de Count Basie (1937-38) e de Artie Shaw (1938), causando furor nos segregacionistas-racistas que usavam o argumento das chamadas "Leis Jim Crow" para agredir aquela negra/branca que ousava ficar à frente de uma formação de banda musical.

Melhor... Billie combateu à sombra, iniciando carreira solo, acompanhada pelo sempre presente Tedy Wilson, Lester Young e o trompetista Buck Clayton.

A produção do duo musical e afetivo Billie Holiday/ Lester Young , costuma ser considerada o que de melhor já aconteceu na fonografia jazzistica.

Em 1939, já conhecida, trabalhou durante nove meses no "Café Society" (cujo slogan era "The wrong place for the right people", o lugar errado para as pessoas certas).

"Strange Fruit"
Ali celebrizou "Strange Fruit" libelo anti-racista de autoria do professor judeu Abel Meerop, sob o pseudônimo Lewis Allan denunciando a prática do linchamento de negros.

Tornada um hit mundial, "Strange Fruit" fez de Billie Holiday a encarnação da música engajada na época.

No plano pessoal, as coisas iam mal. Alcoolatra, fumante de nicotina e maconha, "bulíca sexual" como a classifica um biógrafo, tornou-se adicta das drogas pesadas, de ópio, heroína e das outras que se tornaram populares nos anos 40.

O casamento com Jimmy Monroe (25 /8/ 1941) tornou-se uma "ficagem" esporádica, que durou até 1957. No início da adição às drogas, a qualidade da voz não foi afetada, mas seu temperamento tornou-se ácido e imprevisível e a reputação muito manchada.

Rica, reconhecida e admirada pelo público, eleita melhor cantora de jazz pela revista Esquire (1943) na frente de Mildred Bailey e Ella Fitzgerald, começou a sofrer depressões e problemas de saúde. Foi condenada a uma longa internação num centro federal para drogados na Virgínia, a pedido de seu empresário Joe Glaser. A publicidade negativa dada ao episódio cobrou seu preço: saúde destruída, zero auto estima, falência da big band que administrava com o então marido Joe Guy.

Tudo agravado pela morte da mãe e a decepção profissional do corte das cenas do filme de jazz "New Orleans", onde contracenava com Louis Armstrong, trazendo suas mais belas interpretações vocais.

Moça da camélia branca
Os anos 50 foram de prisões regulares, perda da carteira de motorista, perda de registro profissional. Não podia mais cantar em locais onde havia venda de álcool, ou seja, fecharam-se as portas da carreira ao vivo, mas a venda dos discos garantia uma boa qualidade de vida no plano material

A partir de 1957, as drogas e o álcool detonaram a matriz vocal, que se tornou mais e mais rouca e arrastada.

De fevereiro de 1958 a maio de 1959, em Londres, ainda participou do Chelsea At Nine Show. De volta aos Estados Unidos, com graves problemas cardíacos e hepáticos, ficou em prisão domicilliar por porte de drogas.

A maior cantora americana de jazz de todos os tempos morreu em condicõe humilhantes, em 17 de julho de 1959. Em meio a um duelo em vida por seus futuros direitos de herança seu advogado que, teoricamente, deveria cuidar dos interesses da cliente, se degladiava com Louis McKay, o novo marido desde 28 março de 1957.

Billie Holiday não viveu o suficiente para apreciar a avalanche de livros, biografias, ensaios, teses de mestrado, textos explicativos em CDs, críticas, discografias, filmes (como o de 1972, estrelado por Diana Ross), referências em obras sobre jazz e documentários de tv. Dicção perfeita, mesmo nos tempos finais quando precisava ser amparada para cantar, o estilo inconfundível, a criatividade na iimprovisação compensavam a gama vocal limitada.

A "persona non grata" tornou-se uma deusa, um mito, a melhor vocalista do século XX. Vive para sempre, agora ícone, com sua caméilia branca luzindo nos cabelos.


:: Site oficial da cantora


:: Site com trechos de canções


http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/3_52_49688.shtml

17 de jan. de 2008

Fomes turvas

É uma ânsia de fomes e desejos
Direções que nublam os olhos
E aquecem desordenadamente
O coração.
È uma vontade de fuga imensa
Turbilhões que inundam os olhos
E esquecem propositadamente
A emoção.
É aquilo que sempre foi perseguido
É assustador por sê-lo
É impossível de ser
Falso soa
Em arremedo recende um perfume velho,
Falso
Mas que de tão velho
Poderia bem ser um novo
Desconhecido.
É um temor de se entregar
Razões que iluminam a mente
E desfazem sumariamente
A ilusão.

(a.l.k.)


16 de jan. de 2008

So in Love (Cole Porter) KD LANG

Love for Sale

When the only sound in the empty street,
Is the heavy tread of the heavy feet
That belong to a lonesome cop
I open shop.
When the moon so long has been gazing down
On the wayward ways of this wayward town.
That her smile becomes a smirk,
I go to work.

Love for sale,
Appetising young love for sale.
Love that's fresh and still unspoiled,
Love that's only slightly soiled,
Love for sale.
Who will buy?
Who would like to sample my supply?
Who's prepared to pay the price,
For a trip to paradise?
Love for sale
Let the poets pipe of love
in their childish way,
I know every type of love
Better far than they.
If you want the thrill of love,
I've been through the mill of love;
Old love, new love
Every love but true love
Love for sale.

Appetising young love for sale.
If you want to buy my wares.
Follow me and climb the stairs
Love for sale.
Love for sale.

(Cole Porter)

You're The Top

At words poetic, I'm so pathetic
That I always have found it best,
Instead of getting 'em off my chest,
To let 'em rest unexpressed,
I hate parading my serenading
As I'll probably miss a bar,
But if this ditty is not so pretty
At least it'll tell you
How great you are.

You're the top!
You're the Coliseum.
You're the top!
You're the Louver Museum.
You're a melody from a symphony by Strauss
You're a Bendel bonnet,
A Shakespeare's sonnet,
You're Mickey Mouse.
You're the Nile,
You're the Tower of Pisa,
You're the smile on the Mona Lisa
I'm a worthless check, a total wreck, a flop,
But if, baby, I'm the bottom you're the top!

Your words poetic are not pathetic.
On the other hand, babe, you shine,
And I can feel after every line
A thrill divine
Down my spine.
Now gifted humans like Vincent Youmans
Might think that your song is bad,
But I got a notion
I'll second the motion
And this is what I'm going to add;

You're the top!
You're Mahatma Gandhi.
You're the top!
You're Napoleon Brandy.
You're the purple light
Of a summer night in Spain,
You're the National Gallery
You're Garbo's salary,
You're cellophane.
You're sublime,
You're turkey dinner,
You're the time, the time of a Derby winner
I'm a toy balloon that’s fated soon to pop
But if, baby, I'm the bottom,
You're the top!

You're the top!
You're an arrow collar
You're the top!
You're a Coolidge dollar,
You're the nimble tread
Of the feet of Fred Astaire,
You're an O'Neill drama,

You're Whistler's mama!

You're camembert.

You're a rose,
You're Inferno's Dante,

You're the nose
On the great Durante.
I'm just in a way,
As the French would say, "de trop".
But if, baby, I'm the bottom,
You're the top!

You're the top!
You're a dance in Bali.
You're the top!
You're a hot tamale.
You're an angel, you,
Simply too, too, too diveen,
You're a Boticcelli,
You're Keats,
You're Shelly!

You're Ovaltine!
You're a boom,
You're the dam at Boulder,
You're the moon,
Over Mae West's shoulder,
I'm the nominee of the G.O.P.

Or GOP!

But if, baby, I'm the bottom,
You're the top!

You're the top!
You're a Waldorf salad.
You're the top!
You're a Berlin ballad.
You're the boats that glide
On the sleepy Zuider Zee,
You're an old Dutch master,

You're Lady Astor,
You're broccoli!
You're romance,
You're the steppes of Russia,
You're the pants, on a Roxy usher,
I'm a broken doll, a fol-de-rol, a blop,

But if, baby, I'm the bottom,
You're the top!

(Cole Porter)

14 de jan. de 2008

Mancada

O dinheiro que eu lhe dei
Pro tamborim
Não vá gastar depois jogar a culpa em mim
O dinheiro que eu lhe dei
Não é meu não
É da escola por favor não mete a mão
Você lembra muito bem
No outro carnaval
Você chorou porque não pode desfilar
A fantasia que eu mandei você comprar
Não ficou pronta porque o dinheiro
Que eu lhe dei pra costurar
Você, hum, hum
Eu nem vou dizer
Pra não lhe envergonhar

(Gilberto Gil)

Samba Dobrado

Vai ser pior ainda
Quando amanhecer
Tudo que se tem pra cantar
Não dá pra embalar
Nem pra devolver
O direito de escolher
A música melhor para se dançar
A música melhor para se dançar
Quem faz parte dessa cena
(Gravando!) Pode rodar
Pra cumprir a mesma pena
Não é preciso ensaiar
Tá combinado
Basta aprender sambar dobrado
Basta aprender sambar dobrado


(Djavan)

12 de jan. de 2008

Cobra Criada

Suco de sururucu
Diga lá jacu
Cutia comadre
Posta de pirarucu
Diga lá caju
Barata cascuda
Gruta de viúva negra
Caranguejeira
Saúva coruja
Rastro de jararucu
Jararacoral
Piranha calunga
Diaba de banda retrai
De carataí
Traíra de dente de dá
E cada dentada que dá
Cascudo cará
Purús jurua
Mordida no maracujá
De cobra criada no mar
Chocalha no cadê você
Sussurra no bote que dá
Curare de cobra
Suga e sai
Picada de cobra
Amor não dói.

Oh, Piranha
Diaba de banda retrai
De carataí
Traíra de dente de dá
E cada dentada que dá
Cascudo cará
Purús jurua
Mordida no maracujá
De cobra criada no mar
Chocalha no cadê você
Sussurra no bote que dá
Curare de cobra
Suga e sai
Picada de cobra
Amor não dói.



(João Bosco/Paulo Emilio)

8 de jan. de 2008

Lizz Wrigth



OBA!! mês que vem tá chegando!

5 de jan. de 2008

Na noite

Na noite
Ou no dia
turvo e não
triste, em que
o sol mesmo frio
espanta a bruma
do coração,
vem sem dizer palavra,
sem imagem,
nem gosto,
um sentido que percorre os cinco.
Aqui tudo é feito pela metade.
Ou antes.
Ou depois do meio.
Em turbilhação cinco vezes.
E sempre
Sempre
Antes do fim.

(a.l.k.)

4 de jan. de 2008

ACROSS THE UNIVERSE




O primeiro ótimo filme do ano. Excelente! Beatles 4 ever!!!!!!!

3 de jan. de 2008

Arara

Faça o que quiser de mim
Eu sempre quis que fosse assim
Eu não quero me pertencer
Eu quero ser dos outros, dos outros
Me explica tim-tim por tim-tim
Se faz assado ou faz assim
Me dá de comer, beber
Depois me põe na cama, na cama
Mas, baby, não se adiante
Aos meus desejos
Nunca se atrase pro próximo beijo
Não me reprima
Não me azucrina
Não me aluga
Senão posso virar uma arara
Uma arara, uma arara

( Lulu Santos)

in




















GAL lua de mel como o diabo gosta (1987)

Travessia

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

(Milton Nascimento / Fernando Brant)
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