23 de dez. de 2008

Natal e Ano Novo

O olho a boca o ouvido

O
olho
a
boca
o
ouvido

os olhos que buscam e entregam o que deveria ser retido
os lábios que travam a palavra ansiada
os ouvidos que passivamente se deixam inundar de sons

um carrosel
um amargor
tudo difuso.

(a.l.k.)

Espelhos, cristais, vidros

Espelhos
Cristais
Vidros cortantes me cercam
Vidros tenazes e blindados também
E eu me desfacelo contra eles
Escorro por sobre eles
como densa chuva vermelha.
Cravejados na pele os cristais
que brilham preciosos
Nos espelhos estilhaçados
Sou muitos e todos e vários
Diferentes e infinitos.

(a.l.k.)
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