28 de jul. de 2007

Limite

A insatisfação é
constante
E a busca não cessa.
Errante,
Sempre desvãos
Sempre vão, sempre além.
Aquém
Do esperado que era já
uma fuga.
Quero o do outro tudo.
Não vale o meu a mim
Não assim na linha
Que nunca se ultrapassa
Tenaz
Tênue
Complacente.
Sou em mim o mais-que-perfeito
Perfeitamente escusa
a certeza. Não há.
Não há nem houve a entrega por mais
de segundos, milissegundos.
Átimos.
Istmos
quem me isolam.
E nem dor nem nada.
Amargor indiferente,
Lancinante, como
o amor
os pecados eles todos;
E nada rompe
Nada ultrapassa o
Que vai e volta
E gruda
E fere
A não-situação seria a solução
de não haver isso assim.
Que é?
O que?
Desmaio-delírio-ápice-clímax-lágrima-século
Sem limite.

(a.l.k.)

24 de jul. de 2007

Lágrima

Lágrima por lágrima
Hei de te cobrar
Todos os meus sonhos
Que tu carregaste
Hás de me pagar
A flor dos meus anos
Meus olhos insanos
De te esperar
Os meus sacrifícios, meus medos, meus
vícios
Hei de te cobrar

Cada ruga que eu trouxer no rosto
Cada verso triste que a dor me ensinar
Cada vez que no meu coração, morrer uma
ilusão
Há de me pagar
Toda festa que adiei
Tesouros que entreguei à imensidão do mar
As noites que encarei sem Deus
Na cruz do teu adeus
Hei de te cobrar

(Roque Ferreira)

13 de jul. de 2007

12 de jul. de 2007

Mimar Você

Eu te quero só pra mim
Você mora em meu coração
Não me deixe só aqui
esperando mais um verão
Te espero meu bem
Pra gente se amar de novo

Mimar você
Nas quatro estações
Relembrar
O tempo que passamos juntos

Bem bom viver
Andar de mãos dadas
Na beira da praia
Por esse momento
Eu sempre esperei

(Alain Tavares, Gilson Babilônia)

10 de jul. de 2007

Solitude

Nessa solidão eu choro
As horas que não voltam mais
Nessa solidão devoro
Memórias que você me trás
Eu sento e espero
E me desespero
Ninguém pode ser tão só
O dia inteiro
Eu sento e espero
Vou enlouquecer de dor
Nessa solidão imploro
Pra ver você uma vez mais
Eu sento e espero
E me desespero
Ninguém pode ser tão só
O dia inteiro
Eu sento e espero
Vou enlouquecer de dor
Nessa solidão imploro
Pra ver você e viver em paz

(Irving Mills/Duke Ellington/Augusto de Campos/E. de Lange)

8 de jul. de 2007

Marido da Orgia

Você não deve me tratar assim
Porque eu não tô acostumada e posso até achar ruim
Você só chega em casa alta madrugada
E se por acaso eu não tô acordada
Você fica enfezado e quer me dar pancada (bis)
Eu já procurei e consultei o meu advogado
E ele me falou: “O caso é encrencado,
marido da orgia não tem o direito
de bater numa mulher que se dá ao respeito...”
Você abusou da sua autoridade
E eu não tô disposta a tanta maldade

(Ciro de Souza)
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