As estrelas brilham sem saber,
Mas cada vez melhor
Pois foi só você aparecer
Todas desceram pra ver
Você brilhar de cor.
O que mais chamou minha atenção?
Sua expressão sutil
Isso eu já não posso esquecer
Porque não foi só visão,
O coração sentiu.
A tenda da noite enche de sombra
Um sonhar vazio
Percorri tantas fontes até ver você
Sair do nada pros meus horizontes
Que a manhã pura e sã
Com as mãos de jasmim vá roçar seu rosto
Pro amor ardente despertar por mim
Deus é pai, vai saber
Se acontecer, serei seu até o fim!
Em tempo de chuva, que chova:
Eu não largo da sua mão!
Nem que caia um raio
Eu saio sem você na imaginação.
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre;(…)" (Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego")
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