Eu já não sei Se fiz bem ou se fiz mal Em pôr um ponto final Na minha paixão ardente Eu já não sei Porque quem sofre de amor A cantar sofre melhor As mágoas que o peito sente
Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos Sinto o desejo de me lançar nos teus braços Tenho vontade de te dizer frente a frente Quanta saudade há do teu amor ausente Num louco anseio, lembrando o que já chorei Se te amo ou se te odeio Eu já não sei
Eu já não sei Sorrir como então sorria Quando em lindos sonhos via A tua adorada imagem Eu já não sei Se deva ou não deva querer-te Pois quero às vezes esquecer-te Quero, mas não tenho coragem
A: Você é meu companheiro. B: Hein? A: Você é meu companheiro, eu disse. B: O quê? A: Eu disse que você é meu companheiro. B: O que é que você quer dizer com isso? A: Eu quero dizer que você é meu companheiro. Só isso. B: Tem alguma coisa atrás, eu sinto. A: Não. Não tem nada. Deixa de ser paranóico. B: Não é disso que estou falando. A: Você está falando do quê, então? B: Eu estou falando disso que você falou agora. A: Ah, sei. Que eu sou teu companheiro. B: Não, não foi assim: que eu sou teu companheiro. A: Você também sente? B: O quê? A: Que você é meu companheiro? B: Não me confunda. Tem alguma coisa atrás, eu sei. A: Atrás do companheiro? B: É. A: Não. B: Você não sente? A: Que você é meu companheiro? Sinto, sim. Claro que eu sinto. E você, não? B: Não. Não é isso. Não é assim. A: Você não quer que seja isso assim? B: Não é que eu não queira: é que não é. A: Não me confunda, por favor, não me confunda. No começo era claro. B: Agora não? A: Agora sim. Você quer? B: O quê? A: Ser meu companheiro. B: Ser teu companheiro? A: É. B: Companheiro? A: Sim. B: Eu não sei. Por favor, não me confunda. No começo era claro. Tem alguma coisa atrás, você não vê? A: Eu vejo. Eu quero. B: O quê? A: Que você seja meu companheiro. B: Hein? A: Eu quero que você seja meu companheiro, eu disse. B: O quê? A: Eu disse que eu quero que você seja meu companheiro. B: Você disse? A: Eu disse? B: Não. Não foi assim: eu disse. A: O quê? B: Você é meu companheiro. A: Hein? (ad infinitum)
Child is slowly taken And the violence caused such silence Who are we mistaken?
But you see, it's not me, it's not my family In your head, in your head they are fighting With their tanks and their bombs And their bombs and their guns In your head, in your head, they are crying...
In your head, in your head Zombie, zombie, zombie hey, hey What's in your head? In your head Zombie, zombie, zombie? Hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou...
Another mother's breaking Heart is taking over When the violence causes silence We must be mistaken
It's the same old theme since nineteen-sixteen In your head, in your head they're still fighting With their tanks and their bombs And their bombs and their guns In your head, in your head, they are dying...
In your head, in your head Zombie, zombie, zombie Hey, hey. What's in your head In your head Zombie, zombie, zombie? Hey, hey, hey, oh, oh, oh Oh, oh, oh, oh, hey, oh, ya, ya-a...
I thought I saw you in The Battleship but it was only a look alike She was nothing but a vision trick under the warning light She was close, close enough to be your ghost But my chances turned to toast when I asked her if I could call her your name
I thought I saw you in The Rusty Hook, huddled up in a wicker chair I wandered over for a closer look and kissed whoever was sitting there She was close and she held me very tightly until I asked awfully politely "please can I call you her name?"
I elongated my lift home I let him go the long way round I smelt your scent on the seat belt and kept my short cuts to myself
I thought I saw you in The Parrot's Beak messing with the smoke alarm It was too loud for me to hear her speak and she had a broken arm It was close, so close that the walls were wet And she wrote it out in Letraset "No, you can't call me her name"
Tell me where's your hiding place I'm worried I'll forget your face And I've asked everyone I'm beginning to think I imagined you all along
I elongated my lift home I let him go the long way round I smelt your scent on the seat belt and kept my shortcuts to myself
I saw your sister in The Cornerstone on the phone to the middle man When I saw that she was on her own I thought she might understand She was close, well you couldn't get much closer She said "I'm really not supposed to but yes, you can call me anything you want"
Eu te esqueci muito cedo Pelo tempo que passou Tal como um velho arvoredo Que o vento não derrubou Tronco mudado em rochedo Pedra transformada em flor E eu fui ficando sozinho no pó do caminho Me desenganando sofrendo e chorando E mantendo em segredo Essa minha ilusão Que me escapou de entre os dedos Pra não sei que outras mãos E eu me tornei o arremedo De tudo aquilo que eu não sou Mas, eu jamais retrocedo o que passou, passou Já superei mas, só eu sei, o mesmo eu jamais serei Feito a madeira, o machado inclinando Eu por fora estou cicatrizando E por dentro sangrando Afastado do medo mas sozinho Tal como o velho arvoredo Que não serve ao tempo nem ao lenhador E o vento abandonou
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre;(…)" (Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego")