3 de jun. de 2008

Valha-me Deus

Não sou eu o pecador que prometeu, depois negou
E ao renegar se machucou de vez
Se apredejou com suas próprias leis
E eram leis ilegais, indecentes, venais, baseadas na insensatez
Valha-me o Deus te dar perdão!
Mas ai do meu amor, ai que desilusão
É uma questão de se aperceber
E a sentença é se saber julgar
Se eu te devo reter, se eu te devo odiar, te punir ou te expulsar
Não posso mais é me ferir de um jeito assim
Expor as chagas desse amor sei que não vou
Não sou chinelo pra você me usar
No que arrastou, dependurou
Nem sou pandeiro pra você me batucar
E desse jeito eu me esborracho, eu me enrasco
Mas assim não dá, perdão, não dô
E pode gastar seu joelho e o seu terço que eu me torço
Mas perdão não dou
Errou, levou o troco na mesma moeda com que me pagou

Não posso mais é me ferir de um jeito assim
Expor as chagas desse amor sei que não vou
Não sou chinelo pra você me usar
No que arrastou, dependurou
Nem sou pandeiro pra você me batucar
E desse jeito eu me esborracho, eu me rasgo
Mas assim não dá, perdão, não dô
E pode gastar seu joelho e o seu terço que eu me torço
Mas perdão não dou
Errou, levou o troco na mesma moeda que pagou

Vou te escorraçar
Vou até torcer pra você errar
Que é para de novo se roer
Vou te espicaçar, vou te ofender
Vou te machucar
Que é pra você nunca se esquecer
Vou te enxovalhar, vou te entristecer
Vou te afogar nas águas da chuva que escorrer
Vou te enlamear, vou te enlouquecer
Eu vou te lembrar que é pra você nunca se esquecer

(Baden Powell – Hermínio Bello de Carvalho)

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