15 de mar. de 2007

Não tem tradução

O cinema falado é o grande culpado da transformação
Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez
Lá no morro, seu eu fizer uma falseta
A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês
A gíria que o nosso morro criou
Bem cedo a cidade aceitou e usou
Mais tarde o malandro deixou de sambar, dando pinote
Na gafieira dançar o Fox-Trote
Essa gente hoje em dia que tem a mania da exibição
Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
Com voz macia é brasileiro, já passou de português
Amor lá no morro é amor pra chuchu
As rimas do samba não são I love you
E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny
Só pode ser conversa de telefone..

(Noel Rosa)

Cantada por ARACY DE ALMEIDA é a excelência da grandeza enorme! Só...

Um comentário:

Anônimo disse...

O Re flexo é seu, negrinho? Gostei muito. É bom mostrarmos o que vai por dentro.

E não é que a Adelaide me serviu para alguma caoisa! O seu e-mail avisando a existência do blog foi parar na lixeira, que eu fui olhar por que junto hoje dona Adelaide mandou corrente para blogueiros e entupiu o lixo... Veja bem!

beijo,
Ro

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