Eu sempre quis muito Mesmo que parecesse ser modesto Juro que eu não presto Eu sou muito louco, muito Mas na sua presença O meu desejo Parece pequeno Muito é muito pouco, muito Broto você é muito, muito Broto você é muito, muito Eu nunca quis pouco Falo de quantidade e intensidade Bomba de hidrogênio Luxo para todos, todos Mas eu nunca pensei Que houvesse tanto Coração brilhando No peito do mundo louco Gata você é muito Broto você é massa, massa
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre;(…)" (Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego")