Miro hesitou
Perdeu a fé
E no contrapé
Ganhou a mão
Mas moleque
Miro foi ao chão
Quando reclamou o samburá
Teve samba no seu gurufim
Tamborim serviu de castiçal
Mal de quem tirou a vida assim
De um menino bom, rival
E...
Se compadeceu Geraldo são
Louco
Adão subiu sem compaixão
Mãe do Adão não tem
o que chorar
É o terceiro filho pra rezar
Teve rap no seu funeral
Sopa
Licor de amendoim
Bem de quem não tem o seu rival
Num menino do Jardim Colonial
O Zé da Silva, o Saruê
O Daniel, o filho do Osmar
Alguém no céu
O Gil tá pra rodar
Há muito fel
Há muito fel no ar
O Zé da Silva, o seu Benê
O Gabriel, o Jé da Dinorah
Alguém no céu
O Gil tá pra rodar
Há muito fel
Não dá pra respirar
E essa prosa não pára aqui
(Marcos Paiva - Rodrigo Campos)
29 de nov. de 2007
26 de nov. de 2007
21 de nov. de 2007
Assentamento
Quando eu morrer, que me enterrem na
beira do chapadão
-- contente com minha terra
cansado de tanta guerra
crescido de coração
Tôo
(apud Guimarães Rosa)
Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Ó Manuel, Miguilim
Vamos embora
(Chico Buarque)
beira do chapadão
-- contente com minha terra
cansado de tanta guerra
crescido de coração
Tôo
(apud Guimarães Rosa)
Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Ó Manuel, Miguilim
Vamos embora
(Chico Buarque)
Say It Isn't So
Say it isn't so. Say it isn't so.
Everyone is saying you don't love me. Say it isn't so.
Everywhere I go, everyone I know, whispered that
You're growing tired of me. Say it isn't so.
People say that you found somebody new
and it won't be long before you leave me.
Say it isn't true.
Say that everything is still okay,
that's all I want to know,
And what they're saying, oh, please,
say it isn't so.
People say that you found somebody new
and it won't be long before you leave me.
Say it isn't true.
Say that everything is still okay,
that's all I want to know,
And what they're saying, please, say it isn't so.
(Irving Berlin)
com BILLIE...
Everyone is saying you don't love me. Say it isn't so.
Everywhere I go, everyone I know, whispered that
You're growing tired of me. Say it isn't so.
People say that you found somebody new
and it won't be long before you leave me.
Say it isn't true.
Say that everything is still okay,
that's all I want to know,
And what they're saying, oh, please,
say it isn't so.
People say that you found somebody new
and it won't be long before you leave me.
Say it isn't true.
Say that everything is still okay,
that's all I want to know,
And what they're saying, please, say it isn't so.
(Irving Berlin)
com BILLIE...
17 de nov. de 2007
Vertical
Vertical,
o vento
empurra o corpo
quase morto,
sem calor
mas determinado.
O vento
vertical
sopra da garganta
e com ele aquela
alma
triste
de vida pouca
alça vôo.
Doutro lado,
com força gigantesca
e fria,
o céu desfere sobre
o corpo
o seu arsenal de
gota pesadas.
Por um instante
tudo estanca
E desaparecem
o corpo na água funda
e alma na nuvem etérea.
(a.l.k.)
o vento
empurra o corpo
quase morto,
sem calor
mas determinado.
O vento
vertical
sopra da garganta
e com ele aquela
alma
triste
de vida pouca
alça vôo.
Doutro lado,
com força gigantesca
e fria,
o céu desfere sobre
o corpo
o seu arsenal de
gota pesadas.
Por um instante
tudo estanca
E desaparecem
o corpo na água funda
e alma na nuvem etérea.
(a.l.k.)
8 de nov. de 2007
Tendência
Você entrou na minha vida
Usou e abusou, fez o que quis
E agora se desespera, dizendo que é infeliz
Não foi surpresa pra mim, você começou pelo fim
Não me comove o pranto de quem é ruim, e assim
Quem sabe essa mágoa passando
Você venha se redimir
Dos erros que tanto insistiu por prazer
Pra vingar-se de mim
Diz que é carente de amor
Então você tem que mudar
Se precisar, pode me procurar...
Não... pra que lamentar
O que aconteceu... era de esperar
Se eu lhe dei a mão... foi por me enganar
Foi sem entender, que amor não pode haver
Sem compreensão, a desunião... tende aparecer
E aí está... o que aconteceu
Você destruiu... o que era seu
Você entrou na minha vida
Usou e abusou, fez o que quis
E agora se desespera, dizendo que é infeliz
Não foi surpresa pra mim, você começou pelo fim
Não me comove o pranto de quem é ruim, e assim
Quem sabe essa mágoa passando
Você venha se redimir
Dos erros que tanto insistiu por prazer
Pra vingar-se de mim
Diz que é carente de amor
Então você tem que mudar
Se precisar, pode me procurar... procurar
Se precisar, pode me procurar
Se precisar
(Jorge Aragão)
Usou e abusou, fez o que quis
E agora se desespera, dizendo que é infeliz
Não foi surpresa pra mim, você começou pelo fim
Não me comove o pranto de quem é ruim, e assim
Quem sabe essa mágoa passando
Você venha se redimir
Dos erros que tanto insistiu por prazer
Pra vingar-se de mim
Diz que é carente de amor
Então você tem que mudar
Se precisar, pode me procurar...
Não... pra que lamentar
O que aconteceu... era de esperar
Se eu lhe dei a mão... foi por me enganar
Foi sem entender, que amor não pode haver
Sem compreensão, a desunião... tende aparecer
E aí está... o que aconteceu
Você destruiu... o que era seu
Você entrou na minha vida
Usou e abusou, fez o que quis
E agora se desespera, dizendo que é infeliz
Não foi surpresa pra mim, você começou pelo fim
Não me comove o pranto de quem é ruim, e assim
Quem sabe essa mágoa passando
Você venha se redimir
Dos erros que tanto insistiu por prazer
Pra vingar-se de mim
Diz que é carente de amor
Então você tem que mudar
Se precisar, pode me procurar... procurar
Se precisar, pode me procurar
Se precisar
(Jorge Aragão)
Nação
Dorival Caymmi falou prá Oxum
Com Silas tô em boa companhia
O céu abraça a terra, deságua o rio na Bahia
Jeje minha sede é dos rios
A minha cor é o arco-íris, minha fome é tanta
Planta flor irmã da bandeira
A minha sina é verde-amarela feito a bananeira
Ouro cobre o espelho esmeralda
No berço esplêndido
A floresta em calda manjedoura d'alma
Labarágua, Sete Queda em chama
Cobra de ferro, Oxum-maré, homem e mulher na cama
Jeje tuas asas de pomba
Presas nas costas com mel e dendê agüentam por um fio
Sofrem o bafio da terra
O bombardeio de Caramuru, a sanha de Anhanguera
Jeje tua boca do lixo, escarra o sangue
De outra hemoptise no canal do mangue
O Uirapuru das cinzas chama
Rebenta a louça Oxum-maré
Dança em teu mar de lama.
(João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio)
Com Silas tô em boa companhia
O céu abraça a terra, deságua o rio na Bahia
Jeje minha sede é dos rios
A minha cor é o arco-íris, minha fome é tanta
Planta flor irmã da bandeira
A minha sina é verde-amarela feito a bananeira
Ouro cobre o espelho esmeralda
No berço esplêndido
A floresta em calda manjedoura d'alma
Labarágua, Sete Queda em chama
Cobra de ferro, Oxum-maré, homem e mulher na cama
Jeje tuas asas de pomba
Presas nas costas com mel e dendê agüentam por um fio
Sofrem o bafio da terra
O bombardeio de Caramuru, a sanha de Anhanguera
Jeje tua boca do lixo, escarra o sangue
De outra hemoptise no canal do mangue
O Uirapuru das cinzas chama
Rebenta a louça Oxum-maré
Dança em teu mar de lama.
(João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio)
7 de nov. de 2007
Choro de Passarinho
Hoje eu acordei bem cedinho
Já tava preso num chorinho
Falando de amor e passarinho
Flor amorosa e delicada pra você
Tinha bem-te-vi e biquinho
Culeiro solto no telheiro
Um carinhoso bem brejeiro
Nas harmonias que eu fazia pra você
Uma sabiá me viu passar
Assobiando um odeon
Brasileirinha do tempero bom
Um coração de bandolim
Oi quebra-quebra, guariroba, quebra
Oi quero-quero, vamos namorar
Um tico-tico é pouco para o meu fubá
(Renato Piau / Euclides Amaral / Rubens Cardoso)
Já tava preso num chorinho
Falando de amor e passarinho
Flor amorosa e delicada pra você
Tinha bem-te-vi e biquinho
Culeiro solto no telheiro
Um carinhoso bem brejeiro
Nas harmonias que eu fazia pra você
Uma sabiá me viu passar
Assobiando um odeon
Brasileirinha do tempero bom
Um coração de bandolim
Oi quebra-quebra, guariroba, quebra
Oi quero-quero, vamos namorar
Um tico-tico é pouco para o meu fubá
(Renato Piau / Euclides Amaral / Rubens Cardoso)
4 de nov. de 2007
Mãe
Palavras, calas, nada fiz
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses, não
Imensa solidão
Eu sou um rei que não tem fim
E brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração
Cidades, mares, povo, rio
Ninguém me tem amor
Cigarras, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o meu caminho e o teu caminho
É um nem vais, nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E, só porque não estás
És para mim e nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
(Caetano Veloso)
Estou tão infeliz
Falasses, desses, visses, não
Imensa solidão
Eu sou um rei que não tem fim
E brilhas dentro aqui
Guitarras, salas, vento, chão
Que dor no coração
Cidades, mares, povo, rio
Ninguém me tem amor
Cigarras, camas, colos, ninhos
Um pouco de calor
Eu sou um homem tão sozinho
Mas brilhas no que sou
E o meu caminho e o teu caminho
É um nem vais, nem vou
Meninos, ondas, becos, mãe
E, só porque não estás
És para mim e nada mais
Na boca das manhãs
Sou triste, quase um bicho triste
E brilhas mesmo assim
Eu canto, grito, corro, rio
E nunca chego a ti
(Caetano Veloso)
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