Muitas palavras precisam ser ditas. Outras precisam ser arrancadas, garimpadas, buriladas. E expostas. Como o osso branco sob a pele e a carne. A dor existe. A beleza justifica? A verdade necessita da lapidação mais perfeita. Que fazer?
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre;(…)" (Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego")
Um comentário:
Com certeza as palavras precisam ser ditas...quando não ditas causam enorme frustração de quem tenta arrancá-las...hahahaha
Ótimo!!!
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