Logo que me encontrou
Mostrou sua nudez
E eu nem quis indagar porquês
Nem se fazia jus.
Feliz e embasbacado ali
Fugindo em vão dos seus ardis
Já não sabia discernir
O que era sombra e o que era luz.
Mas você despertou
A minha insensatez
E eu sequer pude ser sagaz
Pois nunca lhe supus.
E até para zombar de mim
Do meu revés, minha mudez
Me fez virar de vez refém
Do bem que o seu olhar me fez.
Hoje vivo a perguntar
Onde foi parar meu chão
Em que nuvens estão meus pés e as minhas mãos
Por que é que você não me diz,
Já que estamos a sós, onde pôs
Meus dois olhos exaustos
De ver os seus dois olhos nus?
Não lhe custa responder
Onde está meu coração
Já que desde que lhe vi perdi noção.
Como está pode ser bem capaz
Que ele pulse sem mim, de viés
E eu preciso saber onde jaz
Pra pousá-lo aos seus pés.
Musica de Chico Saraiva
Letra de Mauro Aguiar
Voz: Verônica Ferriani
Violão e Arranjo: Chico Saraiva
Baixo Acústico: Marcelo Cabral
Piano e percussão: Pepe Cisneros
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11 de dez. de 2009
10 de dez. de 2009
Filha de encanto
Eu sou mandingueira, manteúda e Deus me ajuda ainda
Enfrento quebranto, arenga, agouro e me faço linda
Quando meu grito se alonga
Toda quizila escorrega
foge cega com o gume do lume de Yansã.
Eu sou macumbeira, sapopemba e vivo na curimba
Mas tenho decoro não, guardo meu ouro em minha cacimba
Mel do meu canto decola
Chega em Mamãe Dandalunda
Que faz lá minha onda sonora marejar.
Minha voz labareda do samba no breu
É mandinga que alegra, é milagre, é luar
Trago no meu gongá
Um batuque à granel
Que alaga meu sangue de orgulho iorubá
Eu sou brasileira, beiradeira, e força repentina
Esquento o banho de cheiro pro couro da minha cantiga
Minha garganta de seda
É sedução desabrida
Aprendida na fonte escondida de Oxum.
Eu sou curandeira, rezadeira e tenho a voz caluda
Ungüento e encanto que ponho no corpo mamulengo cura
A lama que me ilumina
Na hora da reza clara
É a calma colhida no colo de Nanã.
Minha voz alameda do samba no pé
É candonga que afaga, é luz negra, é mulher
Trago em meu patuá
Talismã de Guiné
Que garante meu canto em qualquer canto que eu for cantar!
Musica de Chico Saraiva
Letra de Mauro Aguiar
Voz: Verônica Ferriani
Violão e Arranjo: Chico Saraiva
Flauta baixo: Carlos Malta
Percussão: Ari Colares
Enfrento quebranto, arenga, agouro e me faço linda
Quando meu grito se alonga
Toda quizila escorrega
foge cega com o gume do lume de Yansã.
Eu sou macumbeira, sapopemba e vivo na curimba
Mas tenho decoro não, guardo meu ouro em minha cacimba
Mel do meu canto decola
Chega em Mamãe Dandalunda
Que faz lá minha onda sonora marejar.
Minha voz labareda do samba no breu
É mandinga que alegra, é milagre, é luar
Trago no meu gongá
Um batuque à granel
Que alaga meu sangue de orgulho iorubá
Eu sou brasileira, beiradeira, e força repentina
Esquento o banho de cheiro pro couro da minha cantiga
Minha garganta de seda
É sedução desabrida
Aprendida na fonte escondida de Oxum.
Eu sou curandeira, rezadeira e tenho a voz caluda
Ungüento e encanto que ponho no corpo mamulengo cura
A lama que me ilumina
Na hora da reza clara
É a calma colhida no colo de Nanã.
Minha voz alameda do samba no pé
É candonga que afaga, é luz negra, é mulher
Trago em meu patuá
Talismã de Guiné
Que garante meu canto em qualquer canto que eu for cantar!
Musica de Chico Saraiva
Letra de Mauro Aguiar
Voz: Verônica Ferriani
Violão e Arranjo: Chico Saraiva
Flauta baixo: Carlos Malta
Percussão: Ari Colares
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