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Noite-dia-noite-dia, desvão do tempo. Eu aqui. Nem olhando pela janela, mas emparedado buscando distante. Mirando além. Aquém de mim. Dos muros. Dos meus muros. Dos muros em mim. Sobre mim. Pesando. Doendo. Mas exercendo a sua função de proteger. O muro protege. Protege eu de mim. Pesam-me nas mãos as rochas e nos pés e na cabeça. Esmaga o coração elástico que agüenta muito agüenta mudo agüenta. Descompassado heróico projeta a rocha longe e alivia. Flutua a carne elástica na água vermelha de ferro e fogo. Os olhos ardem. Notícia do que se perdeu. O sono. O som. O músculo vai ninar a alma. Noite-dia-noite-dia-noite-dia...
(18/09/2006)
(a.l.k.)
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