1 de nov. de 2009

Mais do mesmo. Sempre.

Como tudo é cíclico, um novo ciclo começa. Começa hoje, primeiro dia. Mas também a cada minuto ou cada segundo, instantânea e incessantemente. Dolorosamente.
Há um peso grande sobre todo o corpo, um peso físico que parece mínimo, do ar quente e úmido e o maior de todos e invisível e impalpável: o da infelicidade. Por ser assim intangível, esse peso imenso muitas vezes inexiste, o que é ótimo; porém, ele apenas se esconde. Ele está. Sempre.
Eu tenho um cansaço tão grande das coisas e um desejo tão vil de esquecê-las, nublá-las, pulverizá-las num sorriso ou então numa lágrima grossa, vasta como a lava ardente. Um rio de fogo brilhando na noite. Destesto o sol...
Talvez devesse contar uma história agora, tudo concatenado, visivelmente claro ou com sentido mais preciso; mas se assim fosse, eu não seria. Não seria assim. Nem estaria. Assim. Sempre.

(a.l.k.)

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