Teu mal é comentar o passado Ninguém precisa saber O que houve entre nós dois O peixe é pro fundo da rede Segredo pra quatro paredes Não deixe que males pequeninos Venham transtornar os nossos destinos
Quando o infortúnio nos bate à porta E o amos nos foge pela janela A felicidade para nós está morta E não se pode viver sem ela
Para o nosso mal Não há remédio, coração Ninguém tem culpa da nossa desunião
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre;(…)" (Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego")
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